Recomeço: Magia Monstruosa

Uma figura de traços fortes andava vagarosamente pelo Vale dos
 Rochedos. Sua expressão refletia a seriedade que sua busca necessitava.
Vagarosamente, seguiu em total silêncio e concentração para a 
abertura de rochas, e repetiu consigo mesmo:
- O ventre da terra, as chamas do mundo, seres da terra, magma profundo.
No mesmo instante as rochas as seus pés começaram a afundar, até
formar uma plataforma segura para carregar um ser daquelas proporções.
O que sustentava o peso de Krysa, o Gerloniano eram as chamas que
abaixo das pedras borbulhavam magicamente, funcionando como um
elevador rústico que vagarosamente descia rumo á escuridão.
Ao deparar-se com o que considerava ser o solo daquela região inóspita
Krysa pronunciou algumas palavras e fez surgir uma esfera que emanava
energia. Conseguindo iluminar o caminho a sua frente ele prosseguiu.
Mas antes de dar qualquer passo além do campo de visão que a pequena esfera
lhe permitia visualizar, disse:
- Ordeno, que qualquer ser que possa me ver, se estiver presente por favor
responda a meu chamado.
Não momentaneamente, mas após alguns minutos uma voz que quer falar,
mas não pode começou a emitir som próprio. Talvez, para qualquer um
este som pudesse significar horror e até mesmo angústia, porém para um 
feiticeiro Gerloniano com Krysa, nada do que pensamos que seja é.
Por isto andou mais alguns passos em frente com a coragem de um 
verdadeiro guerreiro, e perguntou:
- Se me permite, seja que fores, gostaria de iluminar este local.
Assim podemos conversar melhor.
O ser nada disse, e desta forma Krysa entendeu que foi um sinal 
de positividade. No mesmo instante então, balançou a esfera no sentido
anti-horário e fez surgir uma enorme esfera transparente que o 
iluminava e protegia ao mesmo tempo.
Foi neste momento, com enorme surpresa, que constatou o que jazia
grandiosamente a sua frente:
- Então, na fonte do mundo me deparo com isto! Extraordinário!
Não consegues me entender meu caro?
Balançando a cabeça negativamente, este confirmou o que o 
sábio feiticeiro já sabia.
-Então, posso dar um jeito nisto. Porém, preciso que prometa
total colaboração e cautela com o desenvolver de meus questionamento.
A criatura acenou com a cabeça positivamente.
No mesmo instante Krysa suplica palavras de encantamento e uma grande 
figura em forma de uma flor roxa se adere a criatura.
- Agora por favor, podemos prosseguir. Diz Krysa.
- Como chegastes até aqui?
- Confesso que minha memória nunca me enganou. Nasci e
cresci nesta caverna e sempre me alimentei da lava que encontrei.
Disse a criatura.
-Então me explico uma coisa, como você sabe tanta coisa do mundo?
Diz Krysa.
-Bem acredito que aprendi, de alguma forma sei disto.
-Não meu amigo, vou lhe esclarecer muito bem o que ocorre.
Você é diferente das criaturas que conheci, são mais de duas
mil e novecentas se quer saber.
-Então diga-me mago, quem sou eu?. Disse a criatura.
- Acredito que você seja de algum povo, um ser inteligente.
Mas infelizmente não posso saber da onde veio, ou que nome tens.
-Então não vejo motivo para estas perguntas! Disse a criatura.
-Meu caro amigo, creio que devas saber que cheguei nesta
caverna por intermédio de magia. Esta magia me apontou este
lugar como esperança para a salvação do que está por vir.
-Mas o que está por vir? Disse a criatura.
- Vejo que não tem saído muito desta caverna, creio então que ficarás
perplexo se disser-lhe que esta montanha é a última ao norte.
- Mas como? Nunca ouvi sequer uma criatura suplicar estas condições.
- Suponho que estas sendo enganado. Venha comigo e ainda teremos 
uma esperança.
-Mas para onde o senhor vai?
-Uma terra inóspita, muito longe daqui, acredita-se ser o pico destes eventos.
Uma pequena cidadela chamada Imulthar.

Continua...

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