Recomeço: Na Escuridão

No meio de uma noite nebulosa, eis que o estrangeiro toma uma 

decisão em meio aquele holocausto e profunda tragédia que desolava

aquela terra. Faria uma expedição sozinho á noite pela vasta floresta

á procura de um caminho seguro a trilhar.

Fora nesta situação que lembrou o poder da amizade e do 

companheirismo, que deixou de buscar por ser corajoso demais e

preferir fazer a verificação sozinha.

Ao alcançar a base da montanha de rochas e brisa seca, ficou

refletindo como deveriam ser aquelas terras cheias de vida, a grama

que amortecia os pé do estrangeiro e protegia-os das chuvas e do

calor extremo, numa espécie de casa acolhedora da vida.

Mas nada mais estava ali, e aquele chão devastado pela queimada

agora chamava a moradia de outros seres vivos, assim como

novos povos, que chegaram aquelas terras graças a boa visibilidade

que se fazia presente, em uma considerável extensão do vale.

E para um veterano em expedições, a noite também não poderia

ajudar em muito, mesmo com a luz das estrelas, nada separaria um terrível 

inimigo de sua presa. Aquele general que de tão bravo, corria pelas

faixas de areia em passos calculadamente combinados, que 

nenhum ser vivo poderia definir no exato instante, o que era.

Mas como nos faz lembrar os antigos habitantes daquela terra fértil

Imulthar, se você não prestar a atenção em tudo que o cerca e

principalmente, não tiver uma visão clara do seu objetivo, você pode cair

em uma grande armadilha.

Eis que nosso bravo aventureiro, em uma de suas tentativas de 

pular três vezes mais do que podia, acabou pisando em um ninho.

Após ter escutado o barulho sensível e áspero daquela ação, que se 

espalhou, montanha afora, não moveu-se.

Agora, parado sem apresentar reações, foi virando vagarosamente

para traz a fim de observar o erro que cometera. Na realidade acabara de destruir 

uma bela ornamentação de uma complexidade admirável, e quando foi

virando seu olhar novamente à frente, descobriu que jamais deveria

ter visitado aquelas redondezas sozinho.

continua...

Por Jackob Marley!